quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Entrevista com Jerry Reese (parte final)

As spread offenses (formação de ataque com quatro receivers abertos na shotgun, bastante utilizada no football universitário) afetam a forma de vocês observarem um jogador?
Ofensivamente, quando você usa uma spread offense, raramente a gente vê os homens da linha ofensiva caindo em uma posição para tentar os três pontos. Na NFL, isso não é uma realidade. Você tem que chegar à linha dos três pontos na maior parte das vezes. Então, afeta, de certa maneira. E nessa formação, o quarterback não fica muito centralizado, o que o atinge, fazendo com que tenha que haver uma transição, caras que tenham que fazer esse ajuste quando eles subirem para esse nível.

Você acha que a NFL tem que ajustar o que as universidades fazem com a spread offense?
Bem, não sabemos ao certo. Novamente, é algo de ano para ano. Não sei se um dia passaremos por essa transição. Acho que a maioria na NFL é tradicional, e que isso não está acabando.

Qual a situação do James Butler como free-agent?
Veremos. O mercado está para se escancarar para caras como James. Mas quem sabe o que irá acontecer? Continuaremos as conversas com seu agente e veremos o que acontecerá.

Gibril Wilkinson foi cortado esses dias atrás por Oakland. Gostariam de tê-lo de volta?
Investigaremos tudo, vocês nos conhecem. Tentaremos investigar tudo.

Alguma coisa sobre o contrato de Eli Manning?
Estamos mantendo conversações a esse respeito com Eli. Mas temos outras diversas coisas acontecendo. Teremos isso resolvido no momento certo.

Com o retorno de Osi Umenyiora, Mathias Kiwanuka terá um futuro como defensive line ou linebacker?
Eu acho que ele deverá permanecer como DE. É sua posição natural. Não queremos continuar movendo-o, colocando-o para trás. Penso que estamos indo para nosso rodízio de três homens, e temos tudo para ir muito bem com esses três DEs (Kiwanuka, Umenyiora e Justin Tuck).

Algum segredo para o sucesso na escolha de defensive ends nos drafts?
Apenas procuramos por bons jogadores. Tivemos sorte nos últimos dois ou três anos, conseguindo pegar alguns DEs realmente bons.

Após o sucesso com os três running backs nas últimas temporadas, esse será o caminho a ser seguido?
É um campeonato longo e se o seu RB está fazendo 25 carregadas por jogo nesta liga, ele será batido rapidamente. Se você tem uma dupla de running backs realmente bons, isso sempre ajudará. Felizmente, tínhamos três. Derrick Ward, nesse momento, está envolvido em algumas conversações. Temos Danny Ware e Ahmad Bradshaw conosco, além de Brandon Jacobs no franchise tag. Penso que estamos bem servidos na posição e sempre há bons jogadores no draft.

Quando você olha para os homens da linha de ataque, qual a primeira coisa que quer ver?
Quero caras grandes na linha ofensiva. Não precisamos de um monte de caras pequenos por lá. Não lembro se foi Tom Boisture ou George Young, quando eu fiz o meu primeiro scouting, que disse: “Nós somos os GIANTS, nós queremos caras grandes”. A gente procura pelos grandões primeiro, porque se o sujeito for pequeno, ele terá muitas dificuldades para jogar nesta liga.

Você acha que o Mario Manningham jogará mais nesta temporada?
Esperamos que sim. Toda vez que você pega um cara na terceira rodada de um draft, você fica na esperança de que ele venha a se tornar um bom jogador. Ele realmente tem boas habilidades. Mas precisa aprender sobre o jogo disputado no football profissional. Acho que o Mario se tornará um bom jogador. Ele realiza coisas que realmente gostamos. Penso que a comissão técnica gosta dele e que este ano será muito bom para o atleta.

Vocês dão alguma vantagem aos seus próprios jogadores em relação a procurar algum entre os free-agents?
Isso é importante para nós: tentar manter nossos bons jogadores e mantê-los sob um contrato de longa duração. Isso não dá para ser feito sempre, mas é importante para nós tentarmos acordos que se estendam pelo tempo. Funciona bem conosco há muitos anos. Mas nem sempre dá certo.

Tuck é um dos que deram certo?
Sim, nós fizemos isso com Tuck há mais ou menos um ano atrás.

É vantajoso resolver logo?
Sim, é importante resolver as coisas o mais cedo possível. Tentamos segurar nossos rapazes com antecedência e isso tem sido uma boa fórmula para nós, até o momento.

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