Toomer perto de não ser mais um Giant

Amani Toomer sentou-se em um banco na frente do seu armário, no vestiário da equipe, inclinou seu corpo musculoso para trás, levantou os dois braços e exclamou: “Free agency!”, sem deixar de esconder um sorriso. Ele estava gozando a si próprio, muito mais do que comemorando algo promissor, pois é certo que o líder em recepções na história dos GIANTS não tem tantos motivos assim para comemorar. Toomer tem 34 anos de idade e está completando sua 13ª temporada, todas elas com os Azuis de NY. Além disso, está prestes a iniciar mais um playoff, tentando alcalçar seu segundo (e consecutivo) Super Bowl.

Nunca foi tão bom trabalhar no Giants Stadium, mas este parece ser o último round de um jogador clássico e com motivos de se orgulhar, que parece não ser mais desejado na franquia. “É um tipo de assunto delicado, sobre o qual eu não me sinto confortável para falar muito a respeito”, disse Toomer na última quarta-feira. Desde a grande zebra na vitória sobre os Patriots no Super Bowl XLII, Amani tem visto muito de seus companheiros assinarem lucrativas extensões contratuais. Porém, não houve nenhuma conversa até o momento com ele, que admite estar a muito tempo se perguntando: “E quanto a mim?”.

“Você sempre pensa nisso, mas é o tipo de coisa na qual você não consegue se focar muito, simplesmente pelo fato de que, felizmente, ainda temos jogos a serem disputados. Aí, então, veremos o que irá acontecer”. Ele recebeu $ 3,1 milhões nesta temporada, mas ainda não tem idéia se há interesse por parte dos GIANTS em renovar. “Isso faz parte do negócio, eu nunca fui um free agent. Estou tentando ver se ainda me sinto empolgado. Está sendo uma experiência diferente para mim. Isso é tudo que posso dizer”.

Toomer encerrou na segunda colocação dentro do time em recepções (48) e em jardas percorridas depois de passes (580), além de ter empatado na segunda colocação também em touchdowns, com o suspenso Plaxico Burress, com 4 pontuações. É improvável que Burress venha a jogar novamente pelos GIANTS e, o que sobra assim, é uma coleção de jovens receivers: Steve Smith, Domenik Hixon, Sinorice Moss e Mario Manningham. Não há, até o momento, um jogador número 1 nessa posição. A produtividade de Toomer vem caindo, se comparada aos últimos anos. Por sua vez, ele garante estar ainda na ativa e em ótima forma, atuando como um receiver mais conservador. “Pessoalmente, eu sinto que poderia ter ido um pouco melhor. As coisas terminaram bem, mas não consigo dizer que estou satisfeito da forma como eu......eu não posso dizer que fiquei realmente satisfeito. Simplesmente, penso que é um pouco de tudo. Tiveram jogadas em que senti que teria condições de ter executado um pouco melhor. Por outro lado, penso que neste ano eu fui um pouco mais consistente do que no ano passado, em termos de aproveitar oportunidades nas jogadas em que participei. Sinto-me muito bem a esse respeito”.

Quando sua piora de performance é mencionada, Toomer rapidamente coloca: “Fique de olho no filme, isso é o que te digo”. Amani disse que quer ficar e encerrar a sua carreira nos GIANTS, pelos anos que dedicou à equipe sem nunca ter dado um único problema, ao contrário de Burress, que constantemente infringia as regras e irritava o treinador Tom Coughlin, mas que foi agraciado com uma extensão contratual antes da atual temporada. “Eu não sei.....talvez eu devesse ter aprontado em algum mini-camp”, brincou Toomer.