sábado, 27 de dezembro de 2008

Carr, pronto para a batalha


Eventualmente, os GIANTS nomearão um MVP para seu ataque, um para a linha de defesa e um para o time de especialistas. Só que eles já podem ter um desses na equipe reserva. David Carr, o quarterback suplente de Eli Manning, apareceu em apenas dois jogos e lançou apenas um passe nesta temporada. O nº1 na escolha de draft feita por Houston em 2002, imagina que terá sua primeira atuação substancial no próximo domingo, em substituição a Manning, no encerramento da temporada regular, contra Minnesota.

Seu valor para o time, entretanto, tem sido mostrado nas quartas, quintas e sextas-feiras, e não aos domingos. "Ele é espetacular", disse o coordenador de defesa, Steve Spagnuolo, sobre o homem que faz a equipe de ataque reserva avançar a cada semana, preparando a defesa dos GIANTS para o que eles verão do QB adversário no jogo seguinte. "O que é legal sobre o Dave, é quando você vai enfrentar um quarterback que atua fazendo scrambling, pois ele sabe fazer isso. E quando o adversário seguinte é dos que ficam no pocket, andando para trás, ele também dá conta do recado. Ele é um cara muito talentoso, e que grande cara é. Ele faz tudo o que você pede. Eu chego até ele e digo 'Ei, você pode fazer isso numa próxima?', e ele é ótimo, simplesmente demais. Nós somos realmente favorecidos por tê-lo aqui conosco".

Isso certamente não era o que Carr esperava de sua sétima temporada, quando os Houston Texans o selecionaram como nº1, em 2002. Em suas 5 temporadas em Houston, ele experimentou alguns bons momentos, mas vários maus, com um desempenho de 22-53 como QB titular. Ele foi sacado 249 vezes em 76 jogos. Sua experiência foi bem diferente de outro draftado nº1. Manning entrou numa situação aonde foi logo ganhando a confiança de Tom Coughlin, em 2004, e desfrutou de proteção para seus passes, na maior parte do tempo.

"'Invejoso' pode ser uma boa palavra", disse Carr, com um sorriso no rosto, sobre os seus sentimentos sobre Manning. "Só de olhar pela liga, para diferentes caras e situações, que a gente logo percebe que também há uma questão de sorte. Eu não mudaria nada do que aconteceu. Eu fui feliz estando em Houston. Tive grandes momentos lá. Nós não vencemos muitos jogos como queríamos, mas fiz grandes amigos, tivemos boas experiências e joguei bola".

Carr sabia que não jogaria muito quando assinou com os GIANTS antes da temporada, considerando o talento e a solidez física de Manning. Depois de uma temporada contundido em Carolina, entretanto, ele estava à procura de voltar a estar em um grupo e, quem sabe, com uma vaga de titular em 2009, em algum lugar. Carr diz que ainda não pensou no que virá. "Eu aprendi muita coisa apenas por estar nesse grupo. Eu acho que disse isso quando chequei aqui, apenas por ter visto os sujeitos durante os playoffs. Eles eram um grupo de caras que eu queria ter à minha volta. Não sabia nada sobre eles, mas uma vez que eu cheguei aqui, as coisas aconteceram como deveriam acontecer. Isso sim é football vencedor".

Ele disse que ficou particularmente impressionado com a maneira como os jogadores reservas dos GIANTS estão sempre prontos para dar um passo à frente, e quer estar preparado para o caso de ter que jogar na pós-temporada. Conseguindo alguma atividade no próximo domingo, já o ajudaria neste objetivo. "Claro, eu adoro estar em campo e lançar algumas bolas. É divertido se preparar durante a semana. Mas há algo que fica faltando no fim de semana, depois de você sentar na sala de reunião antes do jogo, e conversar sobre as mesmas coisas que Eli está conversando, sabendo que, na hora do jogo, sou em quem ficará no banco. Então, claro, eu adoraria entrar em campo e lançar a bola, um pouquinho que fosse".

Nenhum comentário: